23 de janeiro de 2008

A crise após os 7 anos...

É efectivo... Por incrível que pareça apercebi-me à pouco tempo que há uns tempos atrás fez cerca de 7 anos em que pela primeira vez não estou apaixonada por ninguém.
Ou seja durante os últimos 7 anos que passaram estive sempre com o meu coração ocupadinho.

Agora é estranho ver que esse espaço que esteve sempre ocupado está vazio. Sou uma romântica incorrigível, não o posso negar. E é incrivelmente esquisito olhar para o meu futuro e não conseguir imaginar as coisas que antes imaginava.

Aquele conforto de termos em mente um determinado rosto. E que é com essa pessoa que pensamos comprar casa, estar ao nosso lado quando as coisas não correm bem, ser o nosso ombro onde podemos chorar baba e ranho. Aquela pessoa que já imaginamos que vai ficar careca e já quase conseguimos ver onde vão aparecer as primeiras rugas ou aquela barriguinha.

Enfim, ter aquela sensação que é com aquela pessoa que vamos e queremos envelhecer.

Quando isso já não existe, (após a torturante fase de fim de relação) fica um vazio estranho.

Sentimo-nos mais sós, ao mesmo tempo mais independentes e talvez com um bocadinho de medo.

Viver a vida "sozinha" revelou-se nos primeiros tempos complicada. Sente-se falta de ter a quem ligar antes de deitar para ouvir um boa noite. Sente-se falta ligar a alguém simplesmente para conversar sobre nada. Sente-se falta de ouvir-mos aquela pessoa dizer que vai ficar tudo bem. Que estamos lindas quando acordamos de manhã. Que somos lindas, mesmo quando estamos gordas ou magras demais. Enfim... Acho que poderia fazer uma lista de coisas imensas que se sente falta.

Com o passar do tempo essas coisas vão deixando de fazer falta. O ideal é no inicio arranjar-mos coisas para fazer. Mantermo-nos ocupadas. Se forem como eu no inicio nada vos vai conseguir fazer deixar de pensar que estão sós.

Mas passa, dói que se farta, mas acaba por passar. O vazio não desaparece, vai estar lá sempre, enquanto acreditarmos que pode um dia vir a ser preenchido por alguém. Apenas deixamos de reparar tanto nele.

E quando se está assim sozinha, pela primeira vez em tanto tempo... Crescemos... Evoluímos... Aprendemos a viver só connosco. Lutamos nós pelos nossos objectivos... e aprendemos... aprendemos tanto...

Apesar disso, há sempre os amigos. Os bons amigos que nos aturam nos momentos mais difíceis.

E aprendemos que sozinhas conseguimos o mesmo...

Um obrigada sincero a todos os meus amigos!