11 de julho de 2010

New York I Love You

Há histórias de vida que não entram nos filmes.

Nos filmes não há espaço para erros que não são emendáveis, para erros que marcam mas que não têm solução ou não trazem problemas.

Nos filmes, não há espaço para as conversas triviais do dia-a-dia, para os silêncios inoportunos, paras as tristezas que não se resolvem.

Nos filmes não há espaço para a vida real. O ritmo das coisas é acelerado ou atrasado por forma a que seja uma narrativa perfeita.

A vida não é perfeita, nem nos corre como queremos.

O filme New York I Love You, não é um filme banal, não é um filme melancólico, triste, romântico, de terror ou suspense.

New York I Love You é um filme que nos dá breves vislumbres de vidas normais. Vidas diferentes da nossa. Mas vidas onde há erros que não têm emenda, erros dos quais não há lições a tirar, silêncios inoportunos, interrupções indesejadas, momentos de estranheza, momentos de alegria, sorrisos, lágrimas, mortes e a sensação que não controlamos nunca o que nos acontece.

É um filme que não conta uma narrativa. É um filme que nos mostra como é a vida real.

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