15 de outubro de 2010

Diferente


Grande parte da população afirma veemente junto dos seus amigos que é o facto de eles serem diferentes que os faz especiais. Os amigos retribuem com um sorriso tímido, ao mesmo tempo que pensam: "Yeap, nem tu me querias nem para fazer estuque nas tuas paredes".

Afinal o que é que nos separa verdadeiramente de "ser especial" a ser verdadeiramente especial para alguém?

Quando é que as nossas características especificas podem ser catalogadas de interessantes, cómicas, sedutoras e quando é que as mesmas podem ser caracterizadas de loucas, estranhas ou bizarras? É a intensidade da característica?  

Se roer as unhas apenas enquanto vejo um filme de terror é querido? Mas se as roer sempre que vejo um autocarro a passar é loucura?

Se gostar de ter em minha casa apenas tolhas de mesa brancas é uma característica até cómica mas se me recusar a sentar numa mesa de um restaurante onde as tolhas são azuis é bizarro?

Quanto de normais teremos todos de ter para não nos considerarem "especiais" in a bad way?

Queremos nós ser considerados normais? Iguais a todas as outras pessoas com os mesmos hábitos e costumes?

Certo é que vivemos em sociedade e há alguns requisitos que nos são impostos para continuarmos a viver desta simbiose. Podemos ser diferentes apenas em alguns aspectos mas não com muita intensidade, para não sermos afastados da matilha.

Tais como as impressões digitais acredito que não há pessoas iguais. São as mais variáveis características que nos distinguem dos demais, do vizinho do lado, do irmão, da mãe ou do melhor amigo.

Provavelmente sou diferente das restantes "senhoras". Há quem ache isso fascinante e infelizmente há mais quem ache isso de alguma forma estranho ou intimidativo.
Gosto de carros e gosto de conduzir. Gosto de ver o Sexo e a Cidade. Gosto de artes marciais. Gosto de ver o "Say Yes to the Dress". Gosto de dizer piada "ordinárias". Gosto de andar de vestido e saltos altos. Tenho orgulho em saber mudar um pneu e montar prateleiras na parede. Tenho orgulho em saber maquilhar-me e fazer uns belos "Cat Eyes" estilo Angelina Jolie. Sim tenho um espírito mais bélico do que a maioria (penso que seja genético por ser filha de um ex-militar) e sim acredito que há aquele verdadeiro Amor que poucos têm a sorte de encontrar.

Essas coisas não fazem de mim especial. Fazem de mim quem sou. E adoro ser eu :)

1 comentário:

Morcegos no Sótão disse...

É como aquela frase que apanhei algures...

"I like to think that I'm unique... But that makes me like everyone else."

Somos todos diferentes, todos únicos, uns mais especiais que outros...

Adorares ser tu já é mais que suficiente. ;)

MJNuts