21 de outubro de 2010

Nostalgia a Preto e Branco


Deixou a nossa companhia Mariana Rey Monteiro. Grande senhora do Teatro e depois da televisão. Fez-me pensar na magia dos filmes portugueses de outrora.

Ver filmes a Preto e Branco portugueses, especialmente da altura do O Costa do Castelo, O Leão da Estrela, entre inúmeros outros, faz-nos ver o quão bom fomos na arte do cinema. Embora dentro do regime do Estado Novo e logo na mira do lápis vermelho da censura, (há quem defenda que até a cor do lápis dos censores era azul, porque a cor vermelha estava associada aos comunistas) não faltam momentos de bom humor e mesmo criticas ao socialmente vivido. 

Não haviam cenas de nús, nem cenas violentas, até porque eram comédias, mas eram, por detrás das piadas contadas por esses excelentes actores, um retrato fiel da sociedade portuguesa da altura.

Foram os anos de ouro do cinema português. Não havia estreias todas as semanas como as há hoje. Os cinemas não ficavam em Centros Comerciais. Ir ao cinema tinha a sua magia o seu encanto. Era um verdadeiro evento, um verdadeiro acontecimento.

Mariana Rey Monteiro, deixou-nos a 20 de Outubro de 2010. Pôde vivenciar em primeira mão essa magia. Mariana Rey Monteiro, grande senhora do Teatro e depois da Televisão, fez parte de um grupo de artistas de outra geração. Uma geração em que o cinema ainda era mágico, belo, verdadeiro e bom. Muito bom.

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